Prevenção do câncer de mama é tema de palestra no Outubro Rosa do Ipasgo
As estatísticas mostradas pelo médico são alarmantes. Dados da OMS, a Organização Mundial de Saúde, mostram que mais de meio milhão de pessoas são diagnosticadas com câncer a cada ano. Descontados os casos de câncer de pele, que são os mais comuns, são quase 400 mil novas pessoas doentes por ano. E mais de 50% dos casos são de câncer de mama. Em Goiás, a previsão é de que em 2014, cerca de 1.500 mulheres sejam diagnosticadas com o mal. Ainda segundo os números apresentados pelo oncologista, 14% das mortes causadas pela doença, são por câncer de mama. E dessas, mais de 50% das mortes acontecem em países pobres.
A boa notícia dada pelo médico é que as chances de cura aumentam sobremaneira quando a doença é descoberta na sua fase inicial. O problema é que no Brasil, mais da metade das pessoas só procura o médico quando aparecem os sintomas, o que muitas vezes, significa uma sentença de morte. "No nosso país, apenas 50% dos casos chegam aos consultórios com possibilidade de cura. Os outros nós só podemos aumentar o tempo de vida e a qualidade de vida dessas pacientes", disse Leandro Gonçalves.
No caso do câncer de mama, exames periódicos podem significar a diferença entre a vida e a morte. Segundo ele, a mamografia é hoje o principal aliado na detecção precoce da doença. Mas o exame é indicado para mulheres acima de 40 anos, para as mais jovens, o médico explica que a ultrassonografia é o mais indicado. E no caso de dúvida, o profissional deve solicitar uma ressonância magnética. O oncologista explicou ainda que quaisquer alterações nos seis também devem ser investigados: "Inversão do mamilo, abaulamentos, assimetrias entre as duas mamas, erosão na aureola, aspecto de casca de laranja, podem ser indicações de câncer de mama, são alterações que merecem atenção e atendimento médico", esclareceu o especialista. Pessoas com casos de câncer de mama ou de ovário na família, principalmente em parentes de primeiro grau, também devem ter um acompanhamento mais rigoroso.
Para Leandro Gonçalves, o desafio atual é fazer o diagnóstico do paciente assintomático, porque as chances de cura serão bem maiores que daqueles que só buscarem atendimento médico quando surgem os sintomas. "É preciso lembrar também que o câncer de mama pode se espalhar para outras partes do corpo, sendo que os órgãos mais atingidos são os ossos, o fígado, o pulmão e o cérebro", alertou o médico.
As formas de tratamento das pacientes que já foram diagnosticadas com a doença também foram esclarecidas pelo especialista. Segundo ele, quanto mais precoce o diagnóstico, maior será a área que poderá ser preservada, quando da retirada do tumor, evitando a mastectomia total.
Ele concluiu reiterando que a prevenção ainda é o melhor remédio para se combater o mal e distribuiu uma cartilha para que as participantes disseminem as informações recebidas.
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