Setembro Verde esclarece e sensibiliza colaboradores do Ipasgo para a doação de órgãos e tecidos
A tarde desta segunda-feira, 28, no Ipasgo, foi dedicada à sensibilização para salvar vidas. Em parceria com a Central de Transplantes do Estado de Goiás, colaboradores puderam tirar dúvidas a respeito da doação de órgãos e tecidos. A atividade integra o Setembro Verde, campanha desenvolvida em todo o Brasil para disseminar informações e incentivar mais e mais pessoas se declararem doadoras.
A abertura do evento foi feita pela chefe de gabinete da presidência, Flávia Cruvinel, que ressaltou a importância das atividades de esclarecimento, para desmistificar o tema. "Hoje basta a família saber da sua decisão, por isso o Ipasgo abraçou a ideia de participar desse processo", disse.
A atividade teve início com a exibição do filme "Feitiço do Coração", que conta a história de um jovem e apaixonado casal, Bob e Elisabeth. Logo no começo da trama, a mulher morre em um acidente e o coração de Elisabeth é transplantado em Grace, uma bela e solitária moça, que desde os 14 anos sofria com uma doença incurável no coração. Como era de se esperar, Bob e Grace se conhecem e se apaixonam. Além do esperado final feliz, o filme mostra como a vida pode ter continuidade com a doação de órgãos.
Em seguida a enfermeira Rozângela Nunes e a psicóloga Josenilda de Castro, da equipe técnica da Central de Transplantes comandaram um bate papo sobre vários aspectos que cercam o assunto. Elas explicaram que para que os órgãos possam ser aproveitados para transplante, a retirada deve ser feita ainda com o sangue circulando no corpo, ou seja, quando há a morte cerebral, mas o coração ainda está pulsando. A retirada dos órgãos e tecidos só pode ser feita com autorização da família do paciente que teve constatada a morte cerebral. Por isso a importância das pessoas contarem aos parentes mais próximos que ela tem o desejo de ser um doador. "O momento da comunicação da morte cerebral e da sugestão da doação é muito delicado. Se a família tem conhecimento da vontade da pessoa em ser doadora, a autorização para a retirada de órgãos é bem mais fácil", esclareceu a psicóloga.
Números – Segundo dados da Central de Transplantes de Goiás, só no estado, cerca de 1200 pessoas aguardam na fila por um órgão. Em todo o Brasil, no primeiro semestre de 2015, mais de 20 mil pessoas estavam nessa espera angustiante. Apesar de estar crescendo o número de famílias que aceita fazer a doação de órgãos de parentes, em Goiás apenas 30% autorizam a retirada dos órgãos. A boa notícia é que no Brasil, o índice das famílias de pacientes em morte cerebral que autorizaram a doação de órgãos e tecidos chegou a 58%.
Atualmente no estado só são realizados transplantes de córneas, de rins e pâncreas. Mas pelo menos uma equipe está em processo de credenciamento para o transplante de fígado. Quem precisa de outros órgãos, têm que se deslocar para outros centros, como Brasília ou São Paulo. Nesse caso todas as despesas são custeadas pelo Sistema Único de Saúde.
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