Unidade do Ipasgo leva mamografia a cidades que não oferecem o procedimento
A Clínica Móvel é uma iniciativa pioneira do Ipasgo, criada para inverter a prática conhecida de esperar que as mulheres busquem o exame; a Clínica leva o diagnóstico às usuárias do Instituto, percorrendo as cidades do interior do estado.
Segundo o INCA, o Instituto Nacional do Câncer, o tumor de mama é a maior causa de morte por câncer nas mulheres em todo o mundo, com cerca de 520 mil mortes estimadas por ano. É a segunda causa de morte por câncer nos países desenvolvidos, atrás somente do câncer de pulmão, e a maior causa de morte por câncer nos países em desenvolvimento.
A mamografia é o principal exame realizado para se detectar o tumor no estágio inicial. O Ministério da Saúde indica a realização do procedimento apenas em mulheres acima de 50 anos, mas um levantamento do A.C. Camargo Cancer Center, hospital referência no tratamento da doença, mostrou que 40% das mulheres diagnosticadas com câncer de mama, entre 2000 e 2010, tinham menos de 50 anos e não teriam descoberto a doença, não fosse a realização da mamografia. Na Clínica Móvel da Mulher usuárias acima de 40 anos já podem fazer o exame. Pacientes abaixo dessa faixa etária que apresentem algum sintoma ou histórico familiar também podem fazer a mamografia, de acordo com a avaliação do médico, durante a consulta.
Um caso emblemático detectado na unidade foi da aposentada Maria Gomes de Lima, de 63 anos. Na cidade onde mora, Cristalina, não há nenhuma clínica que tenha mamógrafo. Ela aproveitou a estadia da unidade no município para fazer o exame, que mostrou uma alteração na mama esquerda. Exames complementares confirmaram o diagnóstico de câncer de mama em estágio inicial. No mês de julho ela fez a cirurgia para a retirada do nódulo e em seguida, sessões de quimioterapia complementaram o tratamento.
Além dos exames feitos na Clínica Móvel, em diversas cidades do estado, clínicas credenciadas oferecem mamografia. Neste ano, mais de 250 usuárias já fizeram o exame. Quando o diagnóstico é confirmado, o Ipasgo também ampara os usuários, oferecendo todo o tratamento isento de coparticipação. Desde 2013, a quimioterapia é custeada integralmente pelo Instituto. E em 2015, o Ipasgo assumiu também a coparticipação das radioterapias. Todas essas medidas foram tomadas no sentido de melhorar a assistência tanto na prevenção, quanto no tratamento de uma das doenças mais graves e de tratamento de altíssimo custo.
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