Como os planos de saúde tem abrangência estadual, a ideia é garantir aos cerca de 12 milhões de pessoas atendidas por essas instituições, a assistência à saúde quando elas estiverem fora de seus estados.

O presidente do Ipasgo, Francisco Taveira Neto, foi o mediador e iniciou falando dos desafios a serem superados para a formação de uma rede nacional de atendimento, como a remuneração, a forma de pagamento, se a cobertura será exclusivamente para urgência e emergência e as tabelas adotadas. Ele acredita que para que o projeto se torne realidade é necessário ter uma organização sustentável sob todos os pontos de vista, principalmente sob o aspecto jurídico.

A diretora de clientes da Caixa de Assistência dos Servidores do Estado do Mato Grosso do Sul, Juclki Peruzo, apresentou a experiência da instituição, que criou um passaporte para os usuários que estão de férias em outro estado. Foi feito um convênio com uma entidade de assistência a servidores públicos federais, que tem abrangência nacional, para o atendimento dos clientes. A assistência se restringe a urgências e emergências.

O diretor de saúde do Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul, Alexandre Escobar, explicou que a experiência da CASSEMS é muito positiva, porque é um modelo simplificado, parecido com um seguro viagem, mas que pode ser feito através de convênio com outra entidade, como o próprio Conessp, o Conselho Nacional de Entidades de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos, que está em processo de criação.

Ao fim dos debates, foram acatadas as sugestões feitas pelos participantes que serão analisadas por uma comissão criada para encaminhar e deliberar sobre a criação da rede. Entre as sugestões feitas estão a inclusão de serviços para doentes crônicos, especialmente os renais crônicos, para que possam viajar, sem prejuízo da hemodiálise e a possibilidade de portabilidade de um estado para outro.

1º dia – Na terça-feira, primeiro dia do encontro que reúne representantes de institutos de 13 estados, três temas foram discutidos: a judicialização da saúde, a gestão de remuneração e custos e o tratamento oncológico. Na última discussão o médico oncologista Yuri Vasconcelos relatou a experiência do Ipasgo, que por meio de um credenciamento especial, conseguiu a isenção total de coparticipação no tratamento do câncer para todos os usuários do Instituto.

Nesta quarta-feira acontecem ainda outras duas mesas redondas: "Rede própria ou credenciamento – o ideal e "Estabelecimento de indicadores, protocolos e processos. O 3º Meeting das Instituições de Assistência aos Servidores Públicos será encerrado nesta quarta-feira.