Dia de alerta contra diabetes

14 de novembro é o Dia Mundial do Diabetes, uma data escolhida para conscientização das pessoas sobre essa doença. Entidades e profissionais em todo o mundo aproveitam o momento para mostrar os avanços na pesquisa e os cuidados que devem ser tomados no dia-a-dia para evitar esta doença, que traz vários danos à qualidade de vida dos pacientes.

O diabetes é uma doença crônica, caracterizada pela falta de insulina no corpo ou pela incapacidade dela em exercer corretamente seus efeitos. A insulina é um hormônio responsável pela regulação da glicose (açúcar) em nosso sangue. Sem funcionar corretamente, causa grandes danos.

A cada ano o número de pessoas diagnosticadas com diabetes está aumentando, sendo considerado pela Organização Mundial de Saúde uma epidemia mundial. Um agravante é que se trata de um mal silencioso, que se manifesta somente em momentos de crise.

De acordo com a SBD - Sociedade Brasileira de Diabetes existem mais de 13 milhões de pessoas no Brasil vivendo com a doença, o que representa quase 7% da população.

Uma das armas para a prevenção e tratamento do diabetes é a endocrinologia, que conta com especialistas atendentendo na Unidade de Atendimento Médico Ambulatorial do Ipasgo, no Setor Universitário, em Goiânia. A médica Maria Cecília Santillo, que integra essa equipe, explica que existem dois tipos de diabetes o tipo 1 e o tipo 2 "O diabetes tipo 1 é uma doença autoimune, o próprio organismo reconhece o pâncreas e as células produtoras de insulina como estranhas e começam a destruir essas células." Segundo Maria Cecília, este tipo de diabetes se manifesta geralmente na infância ou adolescência. "Já o tipo 2 é caracterizado pela dificuldade do organismo de responder à insulina e não consegue manter glicose no nível bom", explica ela.

Ainda segunda a médica Maria Cecília, o diabetes tipo 1 pode incidir em qualquer pessoa. Ou seja, não há um grupo com maior risco de incidência. Já o diabetes tipo 2 está ligado a histórico familiar e fatores como pressão alta, colesterol alto, sedentarismo, obesidade, tabagismo, alimentação rica em carboidratos e açúcares, que criam condições mais apropriadas para o surgimento da doença.

"Diferente do diabetes tipo 1, o diabetes tipo 2 já é mais comum na população mais velha, mas atualmente com os hábitos ruins da população, a gente está vendo um aumento do diagnóstico do diabetes tipo 2 também em crianças, adolescentes e adultos jovens", disse Maria Cecília.

Existe também a diabetes gestacional, quando a mulher passa por mudanças no corpo causando um desequilíbrio hormonal, aumentando o nível de glicose no sangue "Toda grávida com histórico familiar de diabetes tipo 2, principalmente, já tem uma maior probabilidade de ter diabetes gestacional", explica Maria Cecília. "O principal risco para o diabetes gestacional é de complicações no parto como nascimento prematuro e sangramentos durante o parto, além do bebê nascer com hipoglicemia ou má formação fetal, quando não controlado no início da gestação", disse ela.

De acordo com a endocrinologista o diabetes em geral não tem muitos sintomas, principalmente o tipo 2 que só aparece sintomas quando a glicose está muito alta. O tipo 1 apresenta alguns sintomas como perda de peso muito rápida, muita sede e aumento do volume urinário.

Além dos exames de rotina, que servem para diagnosticar mais precocemente a doença, é sempre recomendável a adoção de hábitos mais saudáveis. Uma alimentação equilibrada com a ingestão de frutas e verduras e a prática de exercícios físicos são fatores que, sempre, contribuem para uma vida melhor e para a prevenção de doenças.

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