Ipasgo custeia tratamento de bebê com meio coração

A primeira cirurgia da criança, realizada em São Paulo, foi um sucesso, e agora ele está se recuperando para passar pela próxima intervenção. "A nossa sensação é de dever cumprido", diz Hélio José Lopes, presidente do instituto
A família do pequeno Emanuel Justo, de um mês e meio de vida, já comemora o sucesso da primeira cirurgia de correção da Síndrome da Hipoplasia do Ventrículo Esquerdo. A criança, portadora de uma doença que compromete a oferta de sangue para o coração, passou pelo procedimento, que durou aproximadamente 9 horas, no dia 1º de outubro, em São Paulo, e segue com o quadro estável, cada vez mais perto da cura. Todo o tratamento é custeado pelo Governo de Goiás, por meio do Instituto de Assistência aos Servidores de Goiás (Ipasgo).
A mãe do bebê, Débora Lima, de 22 anos, confirmou a gestação em janeiro deste ano e, no fim de junho, descobriu que o filho era portador da cardiopatia congênita. "A notícia foi desesperadora porque não sabíamos a gravidade. O primeiro passo foi realizar um novo exame com uma especialista em cardiologia pediátrica e saber quais as medidas corretas a serem tomadas", conta a servidora pública que mora em Goianésia.
Por ser um tratamento de alto custo e em outro Estado, o procedimento correto era entrar na Justiça para que uma decisão judicial fosse expedida, determinando o local e a equipe médica que faria as cirurgias. Tudo estava seguindo como o esperado, mas um imprevisto aconteceu. Emanuel nasceu prematuro de 35 semanas, no dia 21 de agosto. "Precisamos somar esforços para fazer tudo o quanto antes", afirma o presidente do Ipasgo, Hélio José Lopes.
E foi preciso agir rápido. No dia 24 de agosto, sensibilizado com o quadro do bebê, o governador Ronaldo Caiado determinou que a equipe do Ipasgo entrasse em contato com a família para informar cada passo do trâmite necessário para levar a criança até outro Estado e realizar o procedimento.
Antes de viajar, o recém-nascido passou por exames que comprovaram que estava apto para a viagem e, no dia seguinte (25/08), ele embarcou, ao lado da mãe em um táxi-aéreo, equipado com UTI Neonatal, o que garantiu a segurança da criança durante o transporte do Hospital Materno Infantil (HMI), em Goiânia, até São Paulo. "Depois que chegamos, senti um alívio enorme e muita gratidão", lembra Débora.
Mas, era só o começo do tratamento do pequeno guerreiro. Na mesma semana, no dia 28 de agosto, Emanuel passou pela bandagem pulmonar, um procedimento de preparação para a primeira cirurgia. Depois, foi necessário esperar a criança ganhar peso e estabilidade para a próxima intervenção, que aconteceu com sucesso na quinta-feira passada (1º/10). "Ele está se desenvolvendo muito bem. A cada dia, nos surpreendemos mais. Agora, aguardamos a recuperação dele para realizar a segunda etapa da correção do coração", explica a mãe.
Devido à alta complexidade, o valor do tratamento ultrapassa R$ 1 milhão, já que, para corrigir o problema, a criança deve passar por mais dois procedimentos cirúrgicos em São Paulo. E mesmo sem saber por quanto tempo a família ainda ficará longe de casa, o sentimento é de que o pior já passou. "Tudo depende da evolução dele, mas, depois da primeira cirurgia, a alegria é inexplicável. Agradeço a todos que torcem pela recuperação do nosso filho", reafirma.
O presidente do Ipasgo, Hélio José Lopes, conta que o instituto tem se empenhado para viabilizar o tratamento do pequeno Emanuel. "Assim que recebemos a demanda, começamos a fazer contato com a unidade de saúde especializada e com a empresa de táxi-aéreo. Agora que ele está bem e seguro, a nossa sensação é de dever cumprido", revela.
Instituto de Assistência aos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo) – Governo de Goiás